quinta-feira, 16 de abril de 2009

It´s a long way...

Todo feriado pede leiturinhas de feriado. E ainda bem que fui preparada, porque fez um tempo bem dos corninhos em Madri, na páscoa e eu, empolgada que estava com os dias mais-de-vinte-graus prévios deixei Casacão em seu merecido repouso de armário.

Aí que umas das propostas de ano-novo é "improve my english skills", comprei um livrinho bonitinho do Nick Hornby, chamado A long way down. Eu nunca tinha lido nada do hornby, só sabia da existencia dele por conta das livrarias e de um link em um blog que eu acompanhava, nada más.

Pois bem, ai foi, peguei a estrada e o livro é totalmente grudante. Resuminho básico: é noite de ano novo e um ex-apresentador de tv que teve a carreira afundad por escândalos tablóideanos decide pular de cima de um prédio famoso por ser ponto de suicídio. Lá ele acaba conhecendo outras 3 pessoas que estão lá pelo mesmo motivo: pular de cima do prédio e acabar com suas vidas miseráveis e vazias: uma mulher de meia-idade, católica que tem um filho em estado vegetativo desde que nasceu, uma adolescente-problema de 18 anos e um músico americano frustrado porque sua banda desmanchou. Eles acabam descendo do prédio e aí a história vai se desenrolando (nao vou contar o livro aqui).

Os personagens nao tem quase nada em comum, além do incidente da noite de ano novo, mas fazem uma espécie de pacto e, também por conta de vários incidentes continuam vivendo e vendo-se, com todos os conflitos que isso acarreta. Apesar do apresentador ser meio que a figura principal do livro (afinal ele é famoso e ególatra a mais não poder), a história é contada continuamente por cada um dos personagens, com seu ponto de vista. O livro tem linguagem bastante fluida e com bem poucas complicações vocabulares, milhares de referências pop-atualidades e, em geral é bastante divertido, apesar do tema cabulosinho de suicídio, de vidas fodidas, etc.

O mais engraçado é que não traz nenhuma mensagem de o bem-vence-o-mal, nem a vida-sempre-vale-pela-vida-em-si e o-suicídio-é-horrivel-coisa-de-covardes. Não tem nada de motivacional, e por isso mesmo acaba sendo. (Senão, seria um power point barato com flores e imagens de bebês, com kenny g em midi ao fundo, e isso sim dá votade de pular do prédio).

Enfim, é um livro bacaninha, fácil de ler pros advanced readers (deve ter traduçao publicada por aí, dê uma procurada) e você ainda sai sorrindo (e nao rindo), com aquela pitadinha básica de humor inglês

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