quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

hm


as vezes queria só uma maça e uma foto expressionista. As vezes só queria dormir e acordar depois das festas de fim de ano. Ou que o ano nao acabasse, assim de simples. Pura e simples preguiça de existir.To apaixonada por essa foto. Fiz de wallpaper e quero imprimir pra pendurar na sala. As folhas vermelhas, como vasos sanguíneos rompendo o classicismo gelado da foto e o vasinho de ponto de fuga ali atrás...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

nova lampida


pescada num domingao, perambulando pelos bairros residenciais de Bcn

segunda-feira, 19 de julho de 2010

pesadilla en el frigorifico

As vezes, o sondho de quando era criança se realiza em forma de pesadelo

Hoje, a unica coisa que tinha na geladeira
era um pote de sorvete.


tudo o que eu nao queria comer era sorvete.

fim

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Entre tantos perigos a evitar e proteger-se, o viajante nao deve nunca sucumbir à tentaçao de conceber desejos aos domingos. Nao existe nada mais proibido e equivocado que desejos em uma tarde de domingo.

Aquele que se atreve a desejar nas tardes de domingo sofre penas duríssimas, como a abertura da torneira da solidao, que jorra em borbotoes abundantes até a hora de apagar a televisao.

Os contraventores eram muitos e foi por isso que inventaram os cinemas.

sábado, 5 de junho de 2010

Divagaçoes de um sabado a noite

Talvez eu nao estivesse tao de saco cheio desse trabalho se minha cabeça nao fosse um saco plástico cheio de agua e hormonios, como aqueles que no interior de sao paulo as pessoas usam supersticiosamente como espantador de moscas, essa praga abundante. Assim, liberada dessa sensaçao de pano sujo de boteco, enxovalhada, com buracos, eu pudesse sair ao sol, e observar como cada uma das minhas manchas de mofo e vômito desaparecem com o efeito da luz, depois de guardada tanto tempo junto àqueles teus discos do tom waits, thelonious monk, e a garrafa de uísque, ja vazia, mas que voce guardou só porque era presente daquele teu amigo gringo. Quem sabe quando saírem todos esses hematomas e as casquinhas cairem de vez, e eu nao tiver mais passatempos auto-destrutivos nem tropeçar no tapete da escada. Quando pararem de vender cedes da novela das 8 de 2007 e o girassol morto desaparecer da sacada, aquela sacada maligna que queima toda e qualquer coisa que se atreva a instalar ai, inclusive gente. Quando voce me avisar que nos deram de presente um apartamento amplo, longe dessa rua de botecos sujos e gente latina reforçando alegrias bêbadas, entao sim, fecharei as malas, nao sem antes guardar uns poucos livros e a luminária amarela, e com aquele vestido florido que so eu gosto, atravessarei aquele portal de fechadura enferrujada.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Entidades

hj todos os orixas resolveram me zoar e roubar uma garrafa de pinga.

A Sao Francisco "aged" estava sozinha na sala dentro de uma sacola de feira mexicana, prontinha pra virar um monte de caipirinhas felizes na feijoada. Inconformada com seu destino, ela resolve pular da mesa, com sacola mexicana e tudo.

Não contentes, as entidades resolvem rir da minha cara mais um pouquinho e me fazem derrubar o balde, no qual eu tinha reclhido já quase toda a cachaça preciosa.

Agora as entidades estão bebadas e alimentadas pelo resto do ano.

Saravá!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Do alto...

Depois que as nuvens saem da cabeça, da pra ver com nitidez umas quantas coisas
E algumas a gente acha até bacanas, faz um "joinha- parabéns-continue-assim"...
Mas o vento continua gelado, ainda tem um pouco de vertigem
E a miopa nao permite ver
O próximo apoio do pé,